Eu Sou o Número Quatro - Pittacus Lore

Autor: Pittacus Lore.
Título Original: I am Number Four.
Editora: Intrínseca.
Número de Páginas: 350.
Avaliação: 5/5
Sinopse:
"Nove de nós escaparam...
O Número Um,
foi morto na Malásia.
O Número Dois,
foi assassinado na Inglaterra.
O Número Três,
Foi perseguido e capturado no Quênia.
Antes de ir atrás dos outros,
eles virão atrás de mim...
Eu sou o Número Quatro."
Eu Sou o Número Quatro é o primeiro livro da saga Os Legados de Lorien e nele somos apresentados a história dos Nove Gardes (alienígenas que possuem legados/poderes) que quando crianças vieram para a Terra fugidos da invasão Mogadoriana a seu planeta natal, Lorien. As crianças são o futuro de Lorien e a única esperança de destruir os terríveis Mogs. Por isso, acompanhados dos seus Cêpans (Protetores), eles se escondem na Terra na espera que seus poderes se desenvolvam. Porém, eles estão sendo caçados e a única maneira de protegê-los foi liga-los através de um feitiço: as crianças recebem números e só podem ser mortas se seguirem a ordem deles.

"As cicatrizes circulares são outra parte do feitiço. Um sistema de alerta para sabermos onde estamos em relação uns aos outros e quando seremos os próximos da lista dos perseguidores."

Há dez anos, eles vivem entre nós no total anonimato, separados uns dos outros. E é nesse contexto que somos apresentados ao Número Quatro ou como os terráqueos agora o chamam, John Smith. Aos nove anos a primeira cicatriz que indicava a morte de um dos Nove, apareceu no seu tornozelo. A segunda cicatriz apareceu quando ele tinha doze anos e a terceira acaba de surgir. John agora sabe que é o próximo a ser caçado e por isso, precisa se esconder. Sabendo que sua hora se aproxima, ele e seu cêpan Henri mudam de cidade e identidade e acabam parando em Paradise, uma cidade bem calma e tranquila.

No colégio, John conhece Sarah Hart, uma ex-líder de torcida e ex namorada de Mark James, o principal jogador do time de futebol e ele logo se apaixona pela garota. Ainda no colégio, John consegue fazer um amigo chamado Sam, um garoto quieto, magrelo e viciado em aliens e abduções. 
John sempre se sentia deprimido por ter que se mudar tanto e nunca conseguir criar laços com ninguém e isso só piora com a presença de Sarah e Sam. Aos poucos, John começa a questionar toda a sua vida de fuga e começa a querer de fato parar de fugir e querer viver uma vida normal. Porém, seus legados começam a aparecer e ele se dá conta novamente que nunca poderá ter uma vida considerada normal.

"Quando você perde a esperança, você perde tudo. E quando você achar que tudo está perdido, quando tudo estiver terrível e desolador, sempre há esperança."

Após um incidente no colégio e com medo que seus poderes chamem atenção demais, Henri propõe ao garoto que eles se mudem novamente, mas John não suporta a ideia de ficar longe de Sarah e bate o pé para ficar. Sua teimosia coloca Sarah, Sam, Henri e até mesmo Mark em perigo quando os Mogs enfim o encontram.
Foram poucos os personagens que não me cativaram nesse livro e é difícil dizer qual foi o meu favorito. Sam me ganhou desde o princípio com sua graça, caráter e paixão pelo pai desaparecido. Ele foi um amigo extremamente fiel a John principalmente depois que descobriu seu segredo. Henri é aquele tremendo paizão, preocupado até o último fio do cabelo com John e seus conselhos são os melhores. John é aquele tipico adolescente de 15 anos que quando se apaixona se joga de cabeça naquilo. Em alguns momentos, ele faz birra mas é tudo culpa de Sarah, que impede o personagem de evoluir. E falando nela, Sarah foi uma das poucas personagens que não me cativaram. Ela não acrescenta em nada a história e parece mais um encosto do que qualquer outra coisa. Há também, o cachorrinho de John, Bernie Kosar, que não é exatamente o que parece ser. E eu não poderia deixar de citar a Número Seis, que aparece muito brevemente no final do livro, mas que arrasa desde a primeira palavra dita.

"Você pode ir pra onde quiser, ver o que quiser, mas o que faz um lugar ser bom são as pessoas que vivem nele."

Além de dezenas de personagens maravilhosos, as cenas de ação são de encher a imaginação do leitor e a escrita é tranquila. Não se preocupe se a história começar devagar, já que no final é uma explosão de adrenalina e emoção. O suspense em relação a quem é Pittacus Lore é outro ponto alto do livro. Então o que posso dizer é que Eu Sou o Número Quatro é a introdução de uma grande saga, pronta para te arrebatar a qualquer momento.
P.s: o livro foi adaptado em 2011 com Alex Pettyfer no papel de John, Dianna Agron como Sarah, Teresa Palmer como a Número Seis, Timonthy Olyphant como Henri, Callan McAuliffe como Sam, Jake Abel como Mark, entre outros. Com o elenco que qualquer fã desejaria para uma adaptação fiel, o filme peca demais quando se trata de seguir a história ao pé da letra. Dezenas de partes foram cortadas e outras dezenas foram acrescentadas, dando a ele uma baixa bilheteria e um sonho destruído para os fãs.