9 de dezembro de 2017

Dica Literária - Diários do Vampiro


E a Dica Literária de hoje vai para o seu eu interior de 12/13 anos que graças a saga Crepúsculo, entrou na onda dos livros de vampiros/lobisomens. Como muitas pessoas sabem, muitos filmes ou séries hoje são baseadas em livros e com The Vampire Diaries não foi diferente. A trilogia original (O Despertar, O Confronto e A Fúria), que ficou conhecida aqui no Brasil como Diários do Vampiro, foi publicada em 1991 e por pressão dos leitores, no ano seguinte foi lançado o quarto livro, intitulado de Reunião Sombria. Quase 20 anos após o lançamento do primeiro volume, a autora anunciou novos livros, que ficaram conhecidos como a saga O Retorno (Anoitecer, Almas Sombrias, Meia-Noite). Além da saga principal e da saga O Retorno, Diários do Vampiro também contam com outras duas trilogias: Os Caçadores (Espectro, Canção da Lua e Destino) e A Salvação (Unseen, Unspoken e Unmasked) que não foram escritos pela autora, alguns contos e uma série intitulada Diários do Stefan (Origens, Sede de Sangue, Desejo, Estripador, Asilo, The Compelled).
Para os que assistiram a série e nunca leram os livros, uma dica: esqueça os eventos que aconteceram na série. No começo, a série até tentou ser minimamente fiel ao material original, mas com o passar dos episódios, isso foi esquecido para a abordagem de um material original. Enquanto a série empolga rapidamente, os livros demoram a pegar ritmo pelo constante uso do diário por Elena para relatar todos os acontecimentos em sua vida. Ela é mais boba do que era no começo da série e é loira. Isso mesmo, Elena Gilbert é loira. Assim como Bonnie é ruiva e Elena tem uma irmã e entre outras tantas mudanças. Apesar disso, uma coisa permaneceu intacta: tanto na série quanto nos livros, Elena se torna o centro da vida de Stefan e Damon. O famoso triângulo amoroso que de uns tempos para cá caiu nas graças dos leitores.
Apesar da fase de adoração sobre histórias envolvendo a temática vampiros/lobisomens já ter saído de moda, garanto a vocês que não irão se arrepender em dar uma chance a essa leitura. O primeiro livro demora a empolgar? Sim, não vou negar, mas aos poucos a partir do terceiro, você acaba se envolvendo demais com essa nova visão dos personagens e com o enredo e quando vê, está devorando os livros, que são curtos, em dois dias no máximo. Bateu saudades da série? Vem se aventurar em um mundo de Elena Gilbert e relembrar de algumas cenas e se encantar com novas! Só cuidado para não sair confundindo o que aconteceu na série e nos livros! Por hoje é só e espero que tenham gostado da Dica Literária de hoje! 

4 de dezembro de 2017

Carta de Amor aos Mortos - Ava Dellaira


Autor: Ava Dellaira
Título Original: Love Letters to the Dead
Editora: Seguinte
Número de páginas: 344
Avaliação: 3/5
Sinopse:"Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.”
Em Carta de Amor aos Mortos, somos apresentados à Laurel, uma jovem de 15 anos, traumatizada com a perda da irmã mais velha, May. Em seu primeiro dia de aula, a professora pede para que a turma escreva uma carta para pessoas que já se foram. Como uma boa aluna, a menina começa a fazer a tarefa pedida pela professora. Ela escreve para pessoas famosas, com Kurt Cobain, Amy Winehouse e muitos outros. Nelas, ela colocava tudo para fora: a falta da família, a perda de May, e as inseguranças típicas de uma adolescente. 
“Todos nós queremos ser alguém, mas temos medo de descobrir que não somos tão bons quanto todo mundo imagina que somos.”
Quando vi a capa do livro pela primeira vez, me apaixonei à primeira vista e logo quis saber do que se tratava. Infelizmente, não consegui me apegar a história e aos personagens. Mesmo tendo excelentes momentos na narrativa, não conseguiu entrar completamente no meu coração. Foi diferente ver a narração através das cartas endereçadas a pessoas famosas e como a relação entre a história da personagem e da pessoa a qual ela endereçava as cartas era entrelaçada. 
"O universo é maior do que qualquer coisa que cabe na sua cabeça."
A escrita é simples e busca mostrar as inseguranças de Laurel e como ela quer aprender a lidar com elas. O que mais me incomodou durante a leitura e o que considero ser o principal ponto negativo, é a obsessão da protagonista pela irmã. Eu entendo o sentimento de perda da personagem, mas isso se arrasta por tempo demais, impedindo que a história e a personagem se desenvolvam. Em alguns momentos, o ritmo foi maçante demais, sendo necessário que eu deixasse o livro de lado por longas horas, para somente depois retomar a leitura. Apesar dos pontos fracos, é um livro que se pode tirar muitas lições para a sua própria vida.